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Mostrando postagens de setembro 14, 2008

Dia de Aula

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Cheiro de aniz na tarde quente poeira de giz caindo na gente bolinha de papel avião por um triz pernada, escarcéu olhos vermelhos roupa manchada matéria atrasada caderno... que nada!! Professora nervosa gritando aos berros a plenos pulmões: - Senta Vinicius!...minha nossa! O que é isso? Sossega Eduardo, não grita Leticia! Calado Matheus! E quando a coitada Já quase sem forças, desiste de vez... Apita o sinal, termina a aula. Graças a Deus!!!! Dal
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Ilusão Sombra Frescor inatingível Da erva pequenina Em baixo Da árvore copada. Sombra Escuridão profunda Da alma Tênue, pequenina... No universo. Sombra Do coração estrangeiro Em qualquer parte Onde for. Sombra Da lua copiosa Sobre as montanhas Viçosas. Sombra Dos meus passos Fadigados e medrosos Indo ao encontro Do desconhecido Fim. Dal
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Abyssus (Abismo) Sinto um vazio enorme Vazio assim Que não cala Que não sara Que não dorme Tomando tudo Dentro de mim Sinto a dor Adormecida desse vazio Sinto frio Sinto a seca do estio Bem aqui Dentro da alma Não me deixe Entregue a essa horrível calma A esse vazio sem fim Preciso de um vento forte Que suporte A dor que nasce em mim Nesse instante a inércia domina Perco a poesia Perco a rima E só me resta A morte. Dal
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Solitatis (Solidão) Ouço a voz do vento Que murmura lembranças Vejo a neblina no monte A ondulação do capinzal Que acena amistoso Voltei para casa? Que casa? Edificada de sonhos e saudades Ou de arranha – céus E modernidades Envelheci talvez Ou me tornei criança novamente Ainda espero O meu valhalla Um dia uma valkiria Voando entre os prédios Em seu cavalo alado Há de me oferecer o braço amigo E na garupa divina Eu alçarei vôo Planarei sobre o céu de todo o mundo Guerreira que sou do cotidiano E das minhas inquietações Somente assim entregarei A minha alma Talhada em minério Moldada no fogo Do asfalto quente Que aquece meu coração E que me acolheu Então o vento Calará seu murmúrio Para sempre. Dal
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Soedade (Saudade) Lembro-me bem Era sempre no verão Que o cheiro das flores de inhame Tomavam conta de tudo E você era uma alegre idéia. De segurança No cair da tarde Lembro-me bem O céu era como a tela Que eu vi na revista Noite estrelada De um holandês Também muito solitário Até mesmo para uma criança E na montanha que era nossa Brotava a lua Clara Calma Senhora de todo tempo Mas o tempo era fictício Porque eu cresci Tudo cresceu ao meu redor Menos o seu amor por mim Disseram-me que não escolhemos A quem amar Isso é uma verdade incontestável Hoje, as noites são estreladas. Só não têm a lua A montanha O holandês solitário E aquele perfume. ( Ao meu pai) Dal